quarta-feira, 24 de março de 2010
TROVADOR
(Adyr Pacheco)
No rumo de uma sombra
O trovador chorou.
Era um choro triste e lento
Na forma profunda
De um lamento.
A página da mocidade findou.
Uma boca de mulher,
Um leito, a vida impura.
Ante a sepultura
Um canto abandonado.
E o moço...
Ah! Aquele moço
Que era eu em doce liraA musicar uma canção,
Quantos versos em sintonia!
Agora em oração
O céu em cortesia,
Abre-se ao trovador
Num sorriso de ironia.(Florianópolis 16/07/04 - 15:20)
DE REPENTE
(Adyr Pacheco)
E estou aqui
Como doente sem cura.
De repente
Vivo o momento.
Considero as mudanças
Na oportunidade que se abre.
Mas não sei se a voz
Que em mim cala sabe,
De alguma luz que se consagre.
Pobre homem!
Que de repente
Confuso, é um intruso
Na cela sem nada
Sem chance alcançada,
Na agonia aflita
Pobre e desnudo.
Num poço abandonado,
Sou um menino neste poço.
Convidado sem louvores
Numa casa sinistra.
De repente e mais que de repente,
Já não tenho mais vista.
Não percebo a claridade
Da irradiante mocidade,
E não enxergo os meus erros
Nas pseudos verdades.
De repente... de repente...
Sou espectro andando cego
No mundo sentenciado
Tateando nas paredes
Como espírito renegado.
(Florianópolis 17/07/04 - 21:30)
De repente,
Como se não fosse nada
Fugi da loucura.E estou aqui
Hóspede na clausura,
Procurando atençãoComo doente sem cura.
De repente
Vivo o momento.
Considero as mudanças
Na oportunidade que se abre.
Mas não sei se a voz
Que em mim cala sabe,
De alguma luz que se consagre.
Pobre homem!
Que de repente
Confuso, é um intruso
Na cela sem nada
Sem chance alcançada,
Na agonia aflita
Pobre e desnudo.
Num poço abandonado,
Sou um menino neste poço.
Convidado sem louvores
Numa casa sinistra.
De repente e mais que de repente,
Já não tenho mais vista.
Não percebo a claridade
Da irradiante mocidade,
E não enxergo os meus erros
Nas pseudos verdades.
De repente... de repente...
Sou espectro andando cego
No mundo sentenciado
Tateando nas paredes
Como espírito renegado.
(Florianópolis 17/07/04 - 21:30)
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