domingo, 4 de abril de 2010

A POESIA

(Adyr Pacheco)









 


A poesia?...
-É a minha menina vadia
Luz que refulge e irradia
Num pequeno espaço do dia.


A poesia?...
ƒ minha fantasia de pura orgia,
Minha companheira minha alegria,
Minha eterna sinfonia.


Em suas asas sou gigante
Vivo um sonho a cada instante,
Sou um ser triunfante.


Tu és poesia...
Minha cara amante
Despindo-se do véu,
E eu!... teu parceiro  fiel.

(Florianópolis   19/10/99 )

SEDE

(Adyr Pacheco)









Sedento
Nesse beber eterno
Do saber sem resposta,
Vejo o ser que se apega,
O ente que se busca
No “em si” que se nega.


Quero rever o Olimpo.
Os mitos da Teogonia
O espírito de Heródoto
E Homero na mitologia.
Quero as mulheres de Atenas
Na dança do Oráculo.
As Sibilas em Delfos
No descortínio do futuro.


Quero entender o caos
Fugir deste poço escuro.
Tentar a compreensão
Derrubar os tantos muros.
Estar com Thales
Na eterna contemplação,
Sendo amante da Sophia
Vivendo a cosmogonia
Na melodia da criação.


(Florianópolis 22/ 08/ 02 - 17:00)